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Coluna do Samuel

As flores do meu jardim...


...florescem que nem eu quando você vem aqui. Eu peço a semana inteira pro tempo passar, mas ele deveria parar ao te encontrar. A vida que a gente leva não chega nem perto da que a gente quer levar. Responsabilidades, horários, stress, e sem você no meu olhar. Teu jeito doce, seus olhos escuros, teu cabelo comprido me deixam em apuros. Seus braços a me envolver nem imaginam o que eu quero fazer. Você não sabe, mas eu desejo você o tempo todo, e o tempo todo eu quero te ver. Finais de semana não suprem minha vontade de te ter, tenho abstinência do seu ser, preciso de mais uma dose de você. A vontade de te encontrar é maior do que realmente te ver. O tempo passa mais rápido e eu não consigo entender, meu corpo para ao ouvir seu nome, mas na hora H não faço meus olhos te admirarem, não faço o tempo valer a pena, por que que eu fui ler Arthur Schopenhauer. O sentimento não dito, o romance não concretizado, a inocência nas conversas e o olhar de um apaixonado. O medo me envolve, mas medo de que? De viver sem viver, e de morrer por morrer? É tanta coisa envolvida: terceiros, segundos e primeiros. Primeira a te ter, a te merecer, a não ter que dar explicação pra poder ser, aquela que te faz feliz, que te faz sentir infinita, bonita, e melhor do que já é. Eu sei que é difícil não é? Porque pra você ser melhor do que é, é o que nos deixa de pé. Sentimentos diversos, amizade e paixão, um completa o outro, mas só um é por opção. Ao te avistar, o coração grita, minha postura se endireita, e minha respiração me limita. Tento aproveitar cada segundo, presto tanta atenção em você que perco até minha liberdade. Ás vezes acho loucura me perder tentado te encontrar, mas é que cinco minutos antes da partida, já começa a saudade. Saudade de você, de olhar dentro dos teus olhos, de rir das suas piadas, e me perder nos seus jogos. Vícios cercam nosso dia-a-dia, pó, erva, pedra e heroína. Minha mãe sempre me alertou pra tomar cuidado com as substâncias ilícitas, mas ela nunca disse nada sobre a de olhos castanhos e alma fria. E se você soubesse? Cabeças rolariam e amizades eu perderia. Mas do que adianta me preocupar tanto com os outros, poupar a cabeça deles, e perder a minha.


Autor Desconhecido.

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